segunda-feira, 23 de julho de 2012

Adeus Efêmero e Singelo


Não sei o que anda na minha mente por postar meus poemas assim, mas creio que a escassa produção de quaisquer outros gêneros deixa-me sem opção. Portanto, apresento-lhes meu poema número 100, feito com extremo zelo; regojizem-se:

Acabou-se o tempo dantes estipulado.
A pungência que enfrento tem se perpetuado
Na amizade ora fria – ora apaixonada!
Na vaidade ora vazia – ora inchada!

Terminou-se a habitual catarse d'alma.
Que tinha o final na linha da palma...
Tantos versos cegos já sozinha escrevi
Nos universos paralelos onde jamais vivi!

Pranteei como se o mundo caísse em mim;
Derramei frases a fundo no poço sem fim;
Amei com loucura, coração bobo e sincero!

Finei na escura canção que inda espero...
Dói despedir-me da lembrança camoniana,
Hei de sorrir-me, só, na segurança leviana.


8 comentários:

  1. cara, como tu tem o dom da escrita e é fera com as palavras! parabens! nao somente este texto, mas todos os outros, caraca!

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  2. desculpe não me identificar, me chamo julia

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  3. creio que nao, mas já te vi, no JIN

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  4. Para uma poetisa de mão cheia

    Bem eu sei que tem sonhos dos mais nobres
    e um ralhar mais severo não só irrita:
    deprime e propicia males piores...
    mas elogio vão nem cai bem na fita!

    Linguagem rebuscada, rimas pobres
    pois escreve sonetos como se imita
    poetas mui antigos por uns cobres
    não vê que cega, tolhe e se limita?

    Queria ver mais esmero na escansão
    mais sabor, tino e crítica na rima
    e um versejar mais solto com sua pena

    Aprenda no repente e na canção
    a amar como mulher e tal menina
    brincar com os mil sons desde pequena

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Críticas sempre são construtivas... certo?