Registro pessoal de uma vida desvelada e rubra, que por vezes se torna também imaginária. Faço textos com temas variados, e dou minha humilde opinião sobre os livros que leio.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Se eu morresse amanhã
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Registro Perpétuo
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
The Anthem For a Dying Breed
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Adeus Efêmero e Singelo
Não sei o que anda na minha mente por postar meus poemas assim, mas creio que a escassa produção de quaisquer outros gêneros deixa-me sem opção. Portanto, apresento-lhes meu poema número 100, feito com extremo zelo; regojizem-se:
Acabou-se o tempo dantes estipulado.
A pungência que enfrento tem se perpetuado
Na amizade ora fria – ora apaixonada!
Na vaidade ora vazia – ora inchada!
Terminou-se a habitual catarse d'alma.
Que tinha o final na linha da palma...
Tantos versos cegos já sozinha escrevi
Nos universos paralelos onde jamais vivi!
Pranteei como se o mundo caísse em mim;
Derramei frases a fundo no poço sem fim;
Amei com loucura, coração bobo e sincero!
Finei na escura canção que inda espero...
Dói despedir-me da lembrança camoniana,
Hei de sorrir-me, só, na segurança leviana.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Devaneio Evasivo Do Eu Interior Surrealista
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Olá, futuro.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Alto poder de penetração.
terça-feira, 5 de junho de 2012
O Livro das Coisas Perdidas: crítica
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Surto de Sinceridade.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Eu só preciso de tempo.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Sangrento Abril.
terça-feira, 17 de abril de 2012
E tudo muda com as badaladas.
Estava tudo perfeito. Porém, como a maioria das coisas boas é efêmera, o relógio marcou meia noite. Era aquela a hora em que o encanto se desfazia, e também a hora que ela precisava sair correndo dali. O devaneio formado gradualmente em sua pequenina e ingênua mente havia acabado, e as únicas remanescências dele eram as lembranças que agora já penetravam em sua pele.
Ela apenas corria, e corria sem pensar no que deixava para trás. Ele, e a ilusão doce do que poderia acontecer se aquilo continuasse. Mas não poderia. Não, não poderia; afinal era estritamente proibido. Era impossível, e ninguém acreditaria se ela contasse. Mas ela não contaria. Aquele segredo perduraria em seus lábios pelo resto de sua vida, e a cada vez que o provasse, teria um gosto diferente.
À medida que a corrida avançava, mais lágrimas amargas percorriam o seu rosto de porcelana. Ela não havia deixado explicações, apenas saira acompanhando a fúria do vento frio, deixando-o sozinho. O que ele estaria pensando? Será que ele iria querer vê-la novamente? Provavelmente, não. Aquilo não tinha passado de uma divagação com prazo de validade, e nesse caso, havia durado apenas uma noite.
Só muito longe do baile já deixado para trás que ela foi perceber que estava descalça. Apenas de um pé. Aquilo era suficientemente estranho para normalmente fazê-la parar, mas não naquela hora. O encanto já estava sumindo, e ela não podia parar de correr até chegar em casa, sã e salva daquela bagunça que criara.
Após alguns minutos, já estava deitada em sua cama maltrapilha e com os trapos habituais. Era frustrante voltar à realidade depois de uma fantasia tão terna e tão real, mas ela deveria se acostumar a essa sensação. Seu mundo não era o da imaginação, e nunca foi tão difícil aceitar isso. Deitou-se e se deixou levar pelas lágrimas, que agora vinham como cachoeiras descendo por seus olhos castanho-escuros de timbre vago. Entregou-se lentamente aos braços de Morpheu, e se permitiu, apenas por aquela noite, terminar de viver a gentil quimera que inundava seu outono.
Os raios de sol a abraçaram ao amanhecer, tentando confortá-la por toda aquela injusta retirada de presentes. Acorde, querida, não deixe que isso te derrube; eles diziam. Ela sorriu e se vestiu para mais um dia de trabalho. Nada disso a impediria de sonhar, afinal os sonhos eram o seu combustível e única razão para suportar toda aquela tortura diária.
Apesar de ainda guardar todas as memórias consigo, bem no fundo de seu emergente coração, ela sabia que eram apenas recordações de uma noite que nunca deveria ter acontecido. Eram apenas provas de que ela não havia sonhado, e eram apenas fotos não reveladas de um amor passageiramente indelével. Não aconteceria novamente, mas as marcas permaneceriam até ela conseguir outro possível vislumbre que a distraísse. O importante naquilo tudo é que ela nunca seria a mesma, afinal foi uma verdadeira princesa – mesmo que por apenas uma noite.
terça-feira, 10 de abril de 2012
December third, 2011.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Encarnação: crítica
terça-feira, 27 de março de 2012
Futuro. (parte II)
segunda-feira, 19 de março de 2012
O Pequeno Príncipe: crítica
terça-feira, 13 de março de 2012
A Empenada Verdade.
Harlan Coben, escritor de "Cilada", aborda uma visão bem delicada sobre diferentes versões da verdade. No seu romance, o autor expõe todas as possibilidades do que pode ter acontecido em um assassinato, e à medida que a história avança, as supostas afirmações se tornam mentiras.
Contudo, ainda um quarto discurso faz divergência com esses últimos três. Michel Foucault faz uma minuciosa conexão da verdade com o poder, pois de acordo com ele, a aceitação do verdadeiro pela sociedade é feita através de coerções. Nesse caso, o governo sempre estaria por trás, manipulando o real significado de tal vocábulo.
É complexo discutir a preferência de uma só acepção do que possa ser a verdade, pois ela é relativa e todas as suas visões coexistem entre si - já que seria incalculavelmente difícil generalizar opiniões tão discrepantes. O que pode-se dizer com certeza é que não importa qual o conceito, ele sempre irá basear-se em uma linguagem; seja ela plástica, narrativa ou poética. Portanto, a única afirmação realmente verossímil é que a verdade é completamente empenada.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Cilada: crítica
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
A Antagonista.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Por onde andam: cérebros de verdade.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Amanhã você vai entender: crítica
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Futuro. (parte I)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Beatles Por Eles Mesmos: crítica
P.s. Posers, não leiam. A história dos Beatles é preciosa demais para ser lida por vocês. Tchau.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Um Conto Feliz.
Ele morava em uma cidade também sem nome, debaixo de um viaduto sem nome e com um bichinho de pelúcia sem nome. Sua vida era literalmente anônima. O menino não tinha nada senão seu ursinho, e às vezes pegava um ou outro farelo de pão caído no chão. Porém, um dia tudo mudou.
O menino sem nome foi caminhar um pouco pelas ruas para pegar sol, quando de repente apareceu uma criatura estranha na sua frente. Ele não sabia direito o que era, mas também não era possível conhecer tudo, afinal ele nunca tinha ido à escola. Aquele ser era enorme e cheio de cores, e possuía quatro braços e sete pernas. Também tinha oito olhos (nunca era possível saber para onde eles estavam olhando) e três orelhas. Sua pele era meio gosmenta e alguns pêlos brilhavam à luz do sol. Não era nada comum, pensou.
O menino, diferente de todos à sua volta, não fugiu do monstro. Ele ficou lá para observá-lo, e tentar aprender qualquer coisa que fosse. Como temer o desconhecido? O garoto se sentiu triste apenas por não conseguir falar com ele, pois surgiram tantas perguntas na sua mente pequenina. E ele era incapaz de fazê-las devido a sua falta de fala.
O monstro, ao ver que apenas o menino tinha ficado, o pegou rapidamente e saiu correndo com ele em suas mãos. A velocidade ia aumentando a medida que os dois avançavam, e era claro o medo que a dupla ia provocando ao povo ali perto. As pessoas olhavam sem parar e tentavam descobrir o que era aquela cena que estava acontecendo no meio da cidade sem nome.
Depois de algum tempo, talvez horas, talvez anos; eles chegaram. Onde estamos?, o menino pensava. A criatura não falava, então a dúvida permaneceu. O lugar era deserto, e o chão era feito de folhas secas e pisadas. Pisadas por quem, se não existe ninguém aqui? O menino estava perdido e exigia saber onde estava. Portanto, começou a se remexer nas mãos do monstro para tentar demonstrar indignação. O ser estranho então apenas moveu uma de suas mãos para a boca do menino, calando-o. Vou ficar quieto a partir de agora, ele pensou raivoso.
Mais alguns passos e pronto! Agora sim tinham chegado. Aquele lugar era espetacular! A paisagem era bonita, montanhosa e cheia de árvores. Caminhos feitos de pedras redondas iam levando para casas, bem enfeitadas e delicadas. Algumas pequenas, outras maiores. Todas com uma porta e duas janelas. O ar era limpo, diferente do da cidade. Era cheio de animais voadores, mas não como pássaros, e sim como mini-pessoas aladas. Era incrível. Além de tudo, era cheio de criaturas como aquela que o segurava nas mãos enormes e peludas, mas cada uma com uma peculiaridade diferente. Alguns tinham antenas, outros mais cores, outros menos pêlos. Mas todos com o mesmo número de membros e olhos. O menino era o único humano ali presente.
Depois de andar mais um pouco, ele foi surpreendido ao ser colocado em um trono que se erguia no meio da “aldeia”. Ele não sabia se podia pensar naquilo como uma “aldeia”, por isso pensou com aspas.
O garoto então foi glorificado por todas aquelas criaturas ali presentes, e todos se curvaram para admirar sua beleza. O menino não estava entendendo. De repente, um monstro enorme parou na frente dele, o olhou com ternura e colocou delicadamente uma coroa na sua cabeça pequenina. O garoto sorriu, mas sem entender ainda. Logo depois, outro monstro – maior ainda – deu a ele um cajado cheio de penas e que fazia barulho quando chacoalhado. Antes que o menino tivesse tempo de sorrir, outro monstro – maior do que os dois anteriores – já se postava à sua frente e se agachava, fazendo uma prece aos céus. Os outros o imitaram e ficaram naquela posição por exatos dois minutos.
O monstro gigante então se levantou e os outros fizeram o mesmo. Logo depois, tirou de suas mãos um cordão com um pingente pendurado nele. Era um círculo com outro círculo dentro e assim por diante. Parecia não acabar. A criatura colocou o cordão no pescoço do menino, e ao fazer isso, o garoto soube.
Em apenas um segundo, ele sabia seu nome, de onde vinha e porquê estava ali. Ele sabia de tudo, e apenas devido àquele cordão e àquelas criaturas – que a propósito ele também sabia quem eram. Ele se sentiu poderoso pela primeira vez na vida, e finalmente sentiu que tinha achado seu verdadeiro lugar. Ele sorriu e gritou com toda a força que pôde:
- Está na hora de recomeçar! Juntos iremos alcançar o céu, se quisermos! – o garoto não pareceu surpreso ao ouvir sua própria voz, pois afinal ele sabia como ela era. Ele estava eternamente grato aos seus novos súditos, e prometeu fazer com que o mundo deles fosse o mais feliz de todos.
A partir daquele dia, o menino fez tudo que prometeu: conseguiu com que ele e seu povo alcançassem o céu – e além dele – e a felicidade eterna. Ele não era mais o garoto sem nome morando em um viaduto sem nome com seu bicho de pelúcia sem nome. Ele era o rei das criaturas mais belas do mundo, e enfim sentiu-se como sempre foi: um vencedor.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O Médico e o Monstro: crítica
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Escuridão.
(16 de dezembro)
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Eu Sou o Mensageiro: crítica
domingo, 22 de janeiro de 2012
Ignorância exacerbada.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Lira dos Vinte Anos: crítica
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Separados por um século e meio.
Conclusão: nasci na época errada e obviamente não adianta mais eu querer um Maneco pra mim, pois sei que, nos dias de hoje, ele não existe. Portanto, não me julguem por eu ter uma paixão enrustida por um poeta morto, e sim tentem entender que às vezes tudo que é preciso são palavras. Ah, e me desculpem pela sinceridade. Às vezes ela bate à minha porta e preciso deixá-la entrar.