terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eu Sou o Mensageiro: crítica

É impressionante como Markus Zusak não consegue nos desapontar. Confesso que comecei a leitura de “Eu Sou o Mensageiro” já sem expectativas, pois afinal não há nenhum livro que se compare ao célebre “A Menina Que Roubava Livros”. Porém, foi com felicidade que fui percebendo que ele não é escritor de um livro só. Esse romance é divertido, emocionante e real. Conta a história de Ed Kennedy, um fracassado de 19 anos que não faz nada além de dirigir seu táxi, jogar baralho e tomar café com seu cachorro fedido. Mas isso muda a partir do dia que ele recebe a primeira carta e se torna o mensageiro. Sua vida toma rumos diferentes dos de antes, e ele vai mudando pessoas à sua volta - para depois descobrir que a grande mudança foi na verdade em si mesmo. Zusak tem o poder incansável de escrever linhas reais com uma extrema sinceridade. Seus personagens são comuns, porém se tornam únicos e íntimos do leitor a medida que este avança nas páginas. A construção do livro é bem feita e nos mantém ligado completamente à ele, devido ao constante mistério que faz questão de ser apenas revelado nas últimas páginas. O único ponto que me desagradou foi o uso excessivo de palavrões (pois admito, não aprecio tal linguajar em obras), porém acho que eles foram necessários para a construção dos próprios personagens, e não vou condenar um escritor tão brilhante por um simples deslize. Enfim, o livro é bom e lhe trará boas risadas - além de emocionadas lágrimas e sorrisos.

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Críticas sempre são construtivas... certo?