No dia 23 de Abril de 1616 morria
o maior dramaturgo que já existiu, o tão aclamado William Shakespeare. Suas obras
(tanto em prosa quanto em poesia) perpetuam na literatura até os dias de hoje,
e continuam a enlevar tanta gente com seu ritmo e sinceridade. As palavras de Shakespeare
são raios de sol em um dia de verão, e seus versos tem a formosa duplicidade de
conseguirem ser doces e acerbos simultaneamente – o que aumenta ainda mais a
textura refinada de seus poemas. Cada palavra parece ser bordada especialmente
ao papel, o que garante ao leitor um estado de transe utópico. Shakespeare está
morto há 396 anos, mas tudo que sua pena tocou ainda vive, e provavelmente o
fará continuamente até o fim dos dias.
Já sendo mais patriota, no dia 25
de Abril de 1852 morria um dos poetas mais jovens e mais brilhantes já nascidos
no nosso querido Brasil; o doce Manuel Antônio Álvares de Azevedo, ou
simplesmente Álvares de Azevedo. Sua fama pode não ter tão alto patamar quanto
o último citado, porém julgo eu que sua poesia é a principal representante do
ultrarromantismo brasileiro. Escritor da segunda geração romântica, ou
mal-do-século, o prodígio Maneco já dominava a arte da literatura precocemente,
porém foi interrompido antes que pudesse alcançar o seu ápice. Muitos dizem
que, se tivesse vivido mais, ele seria o maior representante do Brasil na
literatura internacional, e eu acredito nisso como acredito em suas palavras. Álvares
de Azevedo escrevia com o coração, e acho que essa é a minha qualidade
preferida (dentre tantas) nele. Seus versos são singelos e verdadeiros, e não há
contemporâneo que consiga alcançar tanta graciosidade com tão pouca idade
quanto ele.
Em Abril, devemos apenas nos
curvar e saudar a falta de dois artistas tão preciosos como estes. Shakespeare
e Álvares de Azevedo, mesmo mortos, ainda estão vivos – tanto no papel, quanto
na nossa imaginação. Só devemos agradecê-los por nos dar tanto conhecimento,
lágrimas e risos. Estaremos com eles, sempre, e tanto; como num dia de verão.
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Críticas sempre são construtivas... certo?