terça-feira, 10 de abril de 2012

December third, 2011.

Eram duas horas da tarde aproximadamente, e assim que olhei para fora do carro senti um frio na barriga. Eu tinha chegado à fila que levaria ao show da minha banda preferida. Era perfeito demais para ser verdade, e demorei algumas horas para me acostumar com essa ideia completamente utópica. Depois de mais ou menos uma hora na fila, vi uma pequena confusão se formando do meu lado. Grades colocadas pelos seguranças e milhões de garotas se batendo para ver quem ficava na frente da grade. Fiquei perguntando o que era aquilo, até que uma mulher disse que eles estavam vindo e passariam do nosso lado se não fizéssemos escândalo. Bingo, bastaram essas palavras para que meu ritmo cardíaco fosse a mil. Alguns minutos depois, eu já suando e tremendo – no meio de todas aquelas pessoas do sexo feminino – pude finalmente vê-los pela primeira vez. Primeiro o John saiu da van, me petrificando toda por dentro com toda a sua beleza. Sem antes ter tempo de me recompor, vi o cabelo do Garrett e logo em seguida Jared olhando para o meu lado. Quase caí em lágrimas quando vi o cabelo do Kennedy passando perto de mim. Me segurei, mas a tremedeira continuou durante mais meia hora. Eu já estava mais na frente na fila, e deviam ter apenas umas 50 ou 60 pessoas na minha frente. A cada minuto que se aproximava, eu me sentia mais inquieta e próxima da realização plena de mais um sonho. Aquilo estava sendo incrível! Mais tarde, com os ingressos na mão suada e as companheiras do meu lado, era impossível ficar tranqüila. Eu veria meus ídolos dentro de uma ou duas horas, e aquilo estava me matando (de um jeito bom!). Quando o relógio marcou seis horas, meu coração já estava batendo descompassado. A segurança foi liberando para entrar aos poucos, de nove em nove. Quando chegou a minha vez, não consegui me conter. Por dentro, era quase como se estivesse acontecendo uma explosão de fogos de artifício. Entrei e automaticamente meu corpo inteiro se estremeceu. O The Maine já estava lá dentro, se aprontando; e eu via no palco duas bandeiras do Brasil, uma bateria, um microfone, e várias guitarras no canto. Meus ídolos estariam lá em uma hora… Aquela sensação era surreal! Fiquei na espera por mais 60 longos minutos, que nunca demoraram tanto. Finalmente, vi vultos vindo em direção ao palco, e as luzes se apagaram para depois virem com toda a força e resplandecência. O The Maine estava se apresentando e eu ouvia os primeiros acordes de If I Only Had The Heart. Incrível. Eu estava vendo ao vivo a música que eu mais me identificava sendo tocada pela minha banda preferida. A letra daquela música era tão perfeita aos meus ouvidos, e cada verso trazia uma lembrança diferente à tona. O show foi seguindo e a cada música eu ia me sentindo mais completa. John passou do meu lado e eu consegui pegar na perna dele (até agora não sei como meu braço se esticou tanto), me provocando picos de felicidade. Logo depois, o moço das águas (me perdoem, não sei o nome dele) me jogou uma água especialmente para mim, que diga-se de passagem, passou na mão do Pat. Kennedy foi carismático e fofo durante todo o show, e disse inúmeras vezes que me amava – e à todas as fãs também. Garrett se mostrou um completo louco ao dançar em todas as partes do palco e mexer o cabelo como se fosse uma criança. Achei Jared um pouco tímido, mas não importa; eu o vi de perto mesmo assim. Pat ficou na bateria o tempo todo, mas teve um momento que ele acenou para a platéia e fez a cara que gosto tanto. Todos eles fizeram tudo valer a pena, e apenas por vê-los de perto, já ganhei todo o meu ano. Desde que comecei a escutá-los, era um objetivo particular ouvir os versos ao vivo. E eu finalmente estava conseguindo. O sonho estava se realizando, e minha felicidade ia transbordando pelos meus olhos em forma de lágrimas; e pela minha voz em forma de canto (desafinado e emocionado). Foi a melhor noite da minha vida, e mal posso esperar pela próxima vez que poderei vê-los, tocá-los e apreciá-los cantando as minhas músicas ao vivo.

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Críticas sempre são construtivas... certo?