terça-feira, 8 de maio de 2012

Eu só preciso de tempo.

Seria plausível escrever versos sinceros, ou quem sabe recitar uma canção; mas nada disso conseguiria expressar realmente. Já tentei, já tentamos. Simplesmente existem certas cousas impossíveis de se descrever, ou explicar. Como os sentimentos (apesar de eu estar conseguindo burlar essa regra, mas este já é outro foco), as sensações; e o tempo. Ah, o empertigado tempo, como já dizia meu querido George.
O tempo, meus queridos, não é nada mais do que um poema. Uma poesia, um devaneio impertinente. Não há palavra que consiga identificá-lo, ou termo que consiga sugeri-lo. É pedra no sapato, no meio do caminho; é inspiração para Drummond. É motivo de conflito, de saudade. De nostalgia, de realidade.
O tempo é rarefeito, some nos melhores momentos e aparece com força nos piores. É seletivo, é duro, é ruim. Mas é confortante, e traz consigo uma maré de cousas benevolentes para o ser humano (estamos ignorando o fato de que não passamos de poeira cósmica insignificante, mas isso também já é outro foco).
Ultimamente ando muito preocupada com o tempo e seus efeitos em mim. Sinto a falta dele, sinto também de tardes vazias onde eu não fazia nada – mas parecia que eu fazia muito. Sinto falta de pequenas alegrias que surgiam em um dia de chuva, ou de sorrisos quebrados perdidos no espaço. Não tenho tempo mais para isso. As minhas felicidades efêmeras andam mais raras que o próprio tempo em si.
O problema é que, não obstante esse texto não ter feito sentido nenhum, não consigo encontrar saída fácil. Todos os caminhos possuem obstáculos, obviamente, mas dessa vez grande parte é necessário. Bem, necessário? Ou será simplesmente... passageiro?

Um comentário:

Críticas sempre são construtivas... certo?