O tempo, meus queridos, não é
nada mais do que um poema. Uma poesia, um devaneio impertinente. Não há palavra
que consiga identificá-lo, ou termo que consiga sugeri-lo. É pedra no sapato,
no meio do caminho; é inspiração para Drummond. É motivo de conflito, de
saudade. De nostalgia, de realidade.
O tempo é rarefeito, some nos
melhores momentos e aparece com força nos piores. É seletivo, é duro, é ruim. Mas
é confortante, e traz consigo uma maré de cousas benevolentes para o ser humano
(estamos ignorando o fato de que não passamos de poeira cósmica insignificante,
mas isso também já é outro foco).
Ultimamente ando muito preocupada
com o tempo e seus efeitos em mim. Sinto a falta dele, sinto também de tardes vazias
onde eu não fazia nada – mas parecia que eu fazia muito. Sinto falta de
pequenas alegrias que surgiam em um dia de chuva, ou de sorrisos quebrados
perdidos no espaço. Não tenho tempo mais para isso. As minhas felicidades
efêmeras andam mais raras que o próprio tempo em si.
O problema é que, não obstante
esse texto não ter feito sentido nenhum, não consigo encontrar saída fácil. Todos
os caminhos possuem obstáculos, obviamente, mas dessa vez grande parte é
necessário. Bem, necessário? Ou será simplesmente... passageiro?
Ficou bem ruim
ResponderExcluirtô zoando. ficou bem bonito.