Ninguém nunca saberá o que
significou para mim. Ninguém nunca saberá qual foi o impacto causado aqui
dentro, e como isso me ajudou a recuperar um pouco de mim. Ninguém nunca
entenderá como serviu perfeitamente, e quais foram os esforços medidos para que
acontecesse.
Eu me doei. Inteira, completa.
Dei minh’alma para a execução desse projeto, e mostrei-me disponível para
minhas pérolas o máximo que consegui. São anjos, todos. Anjos que se uniram em
prol de algo importante – no qual o elo era eu. Tentei colá-los, inseri-los
dentro do quebra-cabeça; e acho que, por fim, consegui. Mas não adiantemos,
melhor seguir a ordem cronológica.
Começou com a imediata disposição
de todas aquelas carinhas, e senti-me feliz mesmo sem retorno ou execução, na
hora. Enchia-me o peito dizer que eu fazia parte daquela trupe, mesmo sem ter
nada iniciado, ou sequer concretizado. Já me abria um sorriso o simples fato de
saber que estavam ali, prontos para doar-se de alma, assim como eu havia feito.
Porém, apesar de tudo isto, baixei minhas expectativas, pois tinha a plena
convicção de que não éramos os melhores – não em técnica.
Meu pessimismo perseguia-me,
tenaz, provocando desespero e passando-me a mensagem de que o fracasso era iminente.
Tentei acalmar-me, em vão, pois o fantasma da sina errada não iria largar-me.
Mas procurei não transparecer meus temores inquietos, pois em hora nenhuma quis
deixar minhas pérolas preocupadas.
Acabou-se então a primeira fase e
a minha mente permanecia turbulenta. Esvaziei-a para melhor aproveitamento da
segunda, e tornei-me mais tranquila momentaneamente. O dia foi correndo, assim
como eu, sempre buscando estar em todos os lugares ao mesmo tempo, para auxiliar
meus queridos e tão extremosos anjos. Procurei estar lá por eles em todos os
momentos, para consertar alguma asa por ventura quebrada, ou alguma auréola
talvez empenada.
Meu esforço teve resultados.
Neste segundo dia já foram mais glórias – algumas que até secretamente me
envolviam –, mais respostas claras às minhas perguntas tão curiosas. Para o
final, resolvi repetir a dose, apesar de meu físico estar debilitado e não
permitindo qualquer movimento brusco – apenas ignorei tal infelicidade e
permaneci firme na esperança que depositava em cada um.
Tive o prazer de estar presente
para vibrar junto em cada vã conquista, e nem por um minuto cheguei a imaginar
que poderíamos erguer o símbolo máximo desta. Entretanto, cada vã exaltação foi
contribuindo para a construção de uma base sólida e forte, e depois um tronco,
e depois um pico. E, juntos, escalamos o que antes parecia impossível de ser
alcançado, e atingimos a maior marca. Juntos lutamos, juntos comemoramos.
A união entre tantas pérolas fez
o formoso colar, o qual tive o prazer de erguer gloriosamente na chuva
prateada. Aquele plástico de ouro era a materialização de todo o nosso esforço,
mostrando-se mais do que merecido. Aquelas duzentas garras lutaram ferozmente
na busca da mais querida presa, sempre justos, sempre éticos – com mérito. Com
respeito, conquistamos os louros da vitória. A maior emoção era aquela, poder
ver todos os meus leões comemorando incessantemente aquele milagre vermelho,
que penetrou-se todo em mim.
HUMMM... N PARECE Q VC TERMINOU ESSE MILAGRE.
ResponderExcluirConheces metáfora?
ExcluirSUA LINDAA!!! FAZ UM LIVRO!!!!
ResponderExcluirHahaha estou no processo. Quem és?
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