terça-feira, 18 de dezembro de 2012

The Anthem For a Dying Breed

Continuando a exposição há tempos querida e recentemente libertada, dou-lhes hoje o meu silencioso hino para essa raça que não mais existe, e se existe, é mais taciturna que este hino em si. Abracem esse poema, compreendam-no, entendam-no. É o que peço.


A Ternura do Sofrimento Silencioso Ignorado

Talvez seja só injustiça;
malvada.
Quem sabe inveja, ou cobiça
ou nada.

Quem é não correspondido
padece.
Pela solidão, e escondido
faz prece.

Não recebe valor algum
do mundo.
Morre, só, em apenas um
segundo.

Pois tudo isso é comprovado
por mim.
Infortúnio estouvado
e ruim.

Vivi o maior dos amores
sozinha.
Taciturna, colhi as flores
na minha.

Ninguém viu minha tristeza
gigante.
E careci da beleza
do amante.

Mas todos só se importavam
co’os outros.
“Felizes” – que não se amavam...
tão neutros.

E eu, aqui, continuei amando
sem ninguém.
Amarei tanto até quando
for além?

2 comentários:

  1. Parabéns! Mas, grande menina, por que não compartilha este sofrimento com os amigos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, mas convenhamos que é difícil compartilhar algo que não é bem vindo, né?

      Excluir

Críticas sempre são construtivas... certo?